quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mais Discreta Do Que Secreta

Com o propósito de construir o chamado templo ideal ela no decorrer da mirabolante Historia dos Homens e de suas crenças; essa Religião ou maneira de entender e viver as coisas do mundo esteve e está sempre no imaginário das pessoas, seja ela religiosa ou não religiosa. Mas sempre as práticas daqueles que se intitulam como seguidores dessa doutrina estarão presentes no meu, no seu imaginário e de muitos outros leitores e expectadores, uns com maiores curiosidades, outros com menores, e claro aqueles que já têm sua opinião formada, mesmo sem ter lido absolutamente nada sobre a doutrina; trazem em seu discurso seus conceitos pré estabelecidos. Esses conceitos giram em torno de teses como “sociedade secreta”, “pactos com entidades demoníacas”, “sociedades onde não aceitam pobres” daí por diante.
Entender essa forma de construir o Homem parece não ser uma tarefa fácil, ainda que se tenha com o advento tecnológico, várias fontes seguras de elucidar esses preceitos. Mal sabem eles que há um estagio em cima desses ritos e que cada membro passa por um estagio que vai até o Grau 33. Mas antes é necessário pular da Pedra Bruta para poder chegar a Pedra Cúbica. Através de observação em obras sobre a temática, podemos dizer que a Pedra Cúbica é livre de arestas, pois por ser cúbica deve ser polida até que suas superfícies tornem-se planas. Portando a Pedra Cúbica é uma Pedra Polida. No entanto igualmente podemos concluir que uma Pedra Polida não necessariamente uma Pedra Cúbica, pois uma pedra pode ser polida nos formatos piramidal, oval, esférico ou outro qualquer, estando livre de arestas. Nesses casos, a Pedra Polida não representará a retidão e os ângulos necessários para ser considerada uma Pedra Cúbica.
Portanto, esta não é uma relação de equivalência, ou seja, bidirecional, pois toda Pedra Cúbica é Pedra Polida, mas nem toda Pedra Polida é Pedra Cúbica.
Mas poderíamos considerar a Pedra Polida o objetivo do trabalho do aprendiz? Será que toda Pedra Polida tem condições necessárias para ser útil á grande obra?
Mas como esse homem deve se comportar diante da sociedade?
Este deve trabalhar no aperfeiçoamento de si mesmo, combatendo os vícios e glorificando o direito e a virtude, em beneficio da sociedade, o que simbolicamente denominamos construção de Templos á Virtude.
Assim a Pedra Cúbica pode ter sua retidão aferida pelo Esquadro da Moral, e as sua medidas pelo Compasso, de forma a verificar se está adequadamente pronta para ser encaixada á obra, de forma a não mais ouvir-se o barulho das ferramentas na construção de Templos á virtude. Ao mesmo tempo esclarece que o princípio filosófico dessa práxis é construir e preparar os seres humanos de forma que esse próprio se reconstrua, através da mudança e mortalidade que possui agora, um corpo fisicamente perfeito e também imortal. O plano é a construção deste corpo imortal, chamado pelos modernos de Templo do Rei Salomão, a partir de material do corpo físico, chamado ruínas do Templo do rei Salomão.
Pode se concluir que quando entramos no debate da questão religiosa constatamos do nível de complexidade que atingem esses debates, temos uma lógica fora do comum onde cada um tem a sua acredito que cada um cuida da sua, mas o nosso pensar realmente fica extremamente aguçado quando se trata especificamente desta modalidade religiosa que realmente é das mais escondidas e complexas desde os tempos da Inquisição.

Valdecir de Carvalho
Texto apresentado item integrante do Curso de Pós Graduação em Mídias na Educação.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Manifesto de Um dos Grandes Intelectuais Desse País...

Não é de hoje que vêm essas manifestações preconceituosas e intolerantes por parte da torcida do São Paulo contra Richarlyson. O motivo? A suposta orientação sexual do jogador que, segundo seus detratores, não condiz com o padrão de virilidade necessário à arquitetura idealizada por aqueles que desenham o protótipo do jogador.
Seja nas arquibancadas, onde as torcidas uniformizadas omitem o nome do jogador na saudação tradicional que fazem aos atletas que entram em campo, seja nas numeradas, onde a cada eventual erro do bom jogador as ofensas vêm sempre carregadas de veneno homofóbico. Na semana passada o chefe de uma dessas torcidas uniformizadas declarou que algumas atitudes do jogador fora de campo não “pegam bem” para os são-paulinos. Como todos sabem, os torcedores rivais se referem aos tricolores como “bambis”, caracterização agressiva que pretende ridicularizar a torcida com essa associação considerada desprestigiosa dentro do restrito universo mental dos trogloditas. Para esses, “futebol é coisa de macho”.
Como são-paulino, digo apenas que me sinto completamente desincompatibilizado com a rejeição que a torcida tem ao jogador. Não que haja algum tipo de decepção, porque há muito eu já desisti de esperar qualquer coisa dos homens, principalmente quando se reúnem e se manifestam coletivamente. Se a unanimidade é burra, a coletividade é estúpida. Em geral, nos grupos sempre acaba prevalecendo a ideia mais rasa, a superficialidade das opiniões sem autenticidade, dos clichês banais, da incapacidade de um pensamento próprio, da falta de ousadia e da falta de coragem de discordar. Chega a ser engraçado pensar que um bando de seres humanos, covardemente protegidos pelo anonimato da multidão, se deem ao direito de se erguer com bravatas e insultos contra um indivíduo que tem a coragem e a força de não se submeter às convenções. Desses sujeitos diferentes eu gosto, os respeito e admiro.
Na verdade, me sinto desconectado desse tipo de pensamento, desse tipo de atitude, dessa ideia obscurantista que há – e muito – nesse ambiente careta do futebol. Vou ao estádio para me divertir e me emocionar com o meu time, nada mais. Com a torcida, pouco me identifico. Acho que as torcidas são todas iguais, elas agem da mesma maneira tendenciosa e irracional. Os gritos são quase sempre de afrontamento e para hostilizar. Todas as torcidas crucificam os seus “Richarlysons”: ou por serem pretos demais, ou homens de menos, baixos ou gordos, sempre haverá um “defeito” que os acusadores encontram para não olharem para os seus próprios. O incômodo que causa a figura de Richarlyson é emblemático de um dos grandes medos do homem – não ser tão potente quanto desejaria. Na face do camisa 20 do São Paulo, imagino que cada um daqueles que o ofende veja o seu próprio rosto, numa dolorosa e indesejável projeção: os calvos veem ali a juventude perdida com a ausência dos fios de cabelos, os maridos infiéis veem ali sua desonestidade vergonhosa e repetida , as mulheres infelizes com seus corpos veem ali a incerteza de não se saberem admiradas, os insatisfeitos com seus empregos veem ali o temor de não serem tão capazes quanto supunham.
A cada ofensa que é disparada ao jogador são-paulino pela sua própria torcida, fica evidente a dificuldade que existe em aceitarmos aqueles que são diferentes: os extraordinários, os rebeldes, os inconformados, os insubordinados, os que desafiam o senso comum. A mim pouco interessa se Richarlyson prefere peixe ou porco: além do seu competente futebol, sua inabalável conduta me cativa como um admirador ainda maior.
Nando Reis
Fonte: 20/08/2009 - Coluna Boleiros do Caderno de Esportes do Estado de São Paulo.
Genial!!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O ANALFABETO QUE PASSOU NO VESTIBULAR....

“O Analfabeto que Passou no Vestibular” (7 Letras, 252 págs., R$ 34) marca a estréia de Pena no mundo do que ele chama de “ficção jornalística”. Jornalista e professor do doutorado em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, é autor, entre outros, de “Teoria do Jornalismo” (Contexto) e “Teoria da Biografia sem Fim” (Mauad).
Na entrevista que se segue, Pena expõe claramente suas idéias sobre a crise no modelo das universidades privadas. O autor aponta o dedo, especialmente, para a abertura de capital promovida por grandes grupos privados, que por anos usufruíram de isenção fiscal do governo. “A abertura de capital das universidades é um estelionato fiscal”, diz. Mostra que esses grandes grupos privilegiam o lucro em detrimento da qualidade do ensino. “No Brasil, as universidades particulares baseiam suas receitas exclusivamente nas mensalidades, o que é um erro fatal e principal causa dessa distorção”, explica. E também fala das universidades públicas, incapazes de manter professores em horário integral, e da ação de lobbies privados junto ao governo federal.
Cabe neste romance a advertência ao leitor que a obra se baseia em fatos verídicos? O que você chama de “ficção jornalística”?
Todos os “fatos verídicos” do romance foram publicados em jornal. Eu ficcionalizo esses fatos. Daí o nome de ficção jornalística. Não tenho pretensões literárias com este livro nem com o próximo, que está quase pronto. Não faço literatura, faço ficção. A literatura brasileira contemporânea presta um desserviço à leitura. Ela é pautada pela crítica universitária, que é elitista e pretensiosa. Os autores não estão preocupados com os leitores, mas apenas com a satisfação da vaidade intelectual. Consideram um desrespeito ao próprio currículo elaborar enredos ágeis, escritos com simplicidade e fluência. E depois reclamam que não são lidos. Não são lidos porque são chatos, herméticos e bestas.
A história de um analfabeto que passou no vestibular lembra muito o caso de um padeiro de 29 anos, analfabeto, que se classificou em oitavo lugar no vestibular de Direito da Faculdade Estácio de Sá, em 2001. Foi essa a sua inspiração?
É um dos fatos publicados em jornal que eu ficcionalizo. Mas há outros. Talvez o mais importante seja a abertura de capital de algumas universidades, que lançaram ações na bolsa de valores recentemente. Há um absurdo nessa situação. Durante mais de 30 anos, essas universidades foram filantrópicas, o que significa que tiveram isenções fiscais importantes. Ou seja, fomos nós, o público, que financiamos sua expansão. E essa expansão é que proporcionou a venda de ações. Então, o erário deveria ser sócio dessas empresas/universidades. Não entendo como o Ministério Público ainda não se manifestou sobre isso. A abertura de capital das universidades é um estelionato fiscal. Estamos falando de centenas de milhões de reais que foram direto para os bolsos dos donos dessas instituições, cujo valor de mercado só é tão alto porque cresceram com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Onde está o Ministério Público ?
Reprodução
Pena denuncia precariedade do ensino universitárioO número de matrículas nas universidades privadas não para de crescer, bem como o número de filiais. É o que você chama de “McDonalds do ensino”. Por que esse fenômeno é ruim?
Não sou contrário à expansão universitária, nem ao ensino privado, nem mesmo à entrada de capitais (desde que respeitada a parte do erário). Eu mesmo dei consultoria a grupos empresariais sérios, que queriam investir em educação de qualidade. O que me incomoda é a mercantilização do ensino, que se intensificou absurdamente nos últimos anos com essa abertura de capital das universidades, que agora lançam ações na Bolsa de Valores. Eu esperava que a entrada de dinheiro melhoraria as condições de ensino, mas não foi o que aconteceu. Em vez disso, prevalece a lógica do corte de custos para aumentar os lucros. Isso significa turmas com mais alunos, demissões de professores e quebra de pré-requisitos para otimizar as salas de aula. Imagine um aluno de engenharia que cursa Cálculo II antes de fazer Cálculo I. Que tipo de ponte ele vai construir? E o pior é que nós é que vamos atravessar essa ponte. No Brasil, as universidades particulares baseiam suas receitas exclusivamente nas mensalidades, o que é um erro fatal e principal causa dessa distorção. A solução seria investir na pesquisa científica, fazer parceria com grandes empresas e receber royalties. Isso iniciaria um ciclo virtuoso. Mais pesquisas, melhores pesquisadores, melhores professores, melhores alunos. E, consequentemente, mais investimentos. Infelizmente, os acionistas querem o caminho mais rápido, não pensam a longo prazo.
O reitor da Estácio de Sá, João Uchôa Cavalcanti Neto, certa vez declarou que “pesquisa é uma inutilidade pomposa”. O quanto há de Uchoa em Jaime Ortega, reitor e dono da Universidade Bartolomeu Dias?
A obra é ficcional. Os personagens não são baseados em ninguém. Mas, como todo escritor, faço a composição das personalidades a partir das observações do mundo. Conheço o Uchoa (Estácio), mas também conheço o Levinsohn (UniverCidade), o Mário Veiga de Almeida (UVA), o Arapuã (UniSuan) e alguns outros donos de universidade.
E o senador Raul Silvério, eleito pelo Maranhão, embora morasse no Rio, dono de uma rede universitária concorrente? Foi inspirado em algum personagem real? Talvez Ney Suassuna, senador pela Paraíba e dono do grupo Anglo?
Novamente, vale a inspiração em múltiplos personagens. Por exemplo: há um diálogo no romance entre os personagens Jaime Ortega e o Raul Silvério que foi copiado de uma conversa entre o Levinsohn e o DiGênio (dono da Unip) publicada pela “Folha de S.Paulo”. Mas os personagens não são diretamente inspirados neles. Eu apenas aproveito dados da realidade para a composição da trama. E, repito, não há nada do mundo real que não tenha sido publicado em jornais.
Na universidade do romance, a Bartolomeu Dias, quem tem mestrado ou doutorado não faz parte da cúpula. É uma regra. Você conhece algum caso semelhante no mercado?
Esta é uma frase do Uchoa publicada pela “Folha Dirigida”.
Suas críticas ao ensino se estendem também às universidades públicas. Você observa, por exemplo, que “metade do corpo docente das federais” não respeita a exigência de exclusividade e trabalha em outras instituições. Por que isso ocorre?
Novamente, a obra é ficcional. Mas não é difícil perceber a dificuldade que os professores têm em viver com os salários do magistério. Entretanto, há um outro lado que é hipocritamente ignorado: o corporativismo acadêmico (principalmente na área de humanas). Nossos doutores produzem discursos para si mesmos, encastelam-se em grupos de auto-proteção e julgam como superficial qualquer narrativa diferente da que utilizam, que é incompreensível para a imensa maioria dos mortais. A linguagem da academia é produzida como estratégia de poder. Quanto menos compreendidos, mais nossos brilhantes professores universitários se eternizam em suas cátedras de mogno, sem o controle da sociedade. As teses e dissertações seguem regras rígidas justamente para garantir essa perpetuação de poder. E isso se reflete na literatura. Após fazer mestrado e doutorado em Literatura Brasileira, não tenho dúvidas de que são os mestres e doutores que prejudicam a formação de um público leitor no país.
Outra crítica é feita aos cursos de pós-graduação latu sensu, “com mensalidades altíssimas e qualidade duvidosa”. Por que esses cursos fazem tanto sucesso e se tornaram fonte de receita tão importante para as faculdades privadas?
Por dois motivos principais: a rápida duração e a confusão conceitual. O Brasil instituiu a cultura dos MBAs, que nada mais são do que cursos latu sensu. São caros e conferem certo status aos estudantes. Mas, na grande maioria, são estruturados como fonte de receita, não como geradores de conhecimento. Além disso, a fiscalização é precária e ineficiente.
O desrespeito à Lei de Diretrizes e Bases parece regra no mundo da sua ficção. Também é assim no mundo real, do ensino brasileiro? Você pode dar exemplos?
É assim no mundo real. A LDB diz que as universidades devem ter um terço dos professores em regime de 40 horas, sendo apenas metade desse tempo em sala de aula. Quantas instituições cumprem esta regra? Outros exemplos de desrespeito: déficit de professores titulados, falta de cursos strictu sensu e ausência de pesquisas financiadas.
A universidade do seu romance é ajudada pelo governo federal e pelo município do Rio, com empréstimos. Estamos, ainda, apenas no terreno da fantasia?
Estamos sempre no terreno da fantasia. Entretanto, acredito que a ficção fala mais sobre a realidade do que a própria realidade. Ela é perene, não serve para embrulhar o peixe no dia seguinte. Regularmente, diversas pessoas denunciam a decadência do ensino universitário no Brasil. São alunos, professores, pais e até congressistas. Basta abrir os jornais e ver os indicadores do MEC, os resultados das provas da OAB e as avaliações do INEP. O que adianta? As discussões duram no máximo alguns dias e depois se perdem. Esse é o tempo da mídia. A imprensa esgota o assunto rapidamente, pois outras pautas se impõem. É da sua natureza. Com o livro é diferente. Daqui a dez anos alguém ainda poderá levantar a discussão. Além disso, a ficção fornece pistas sobre comportamentos, levanta discussões sobre detalhes que passam despercebidos e aguça a imaginação, o que é sua característica mais importante. Por exemplo: a reforma universitária está em tramitação no Congresso Nacional. Se um deputado em Brasília tiver interesse em ler ficções sobre universidades pode encontrar um material incomum para criar soluções imaginativas e não apenas burocráticas ou paliativas. Como diria o Manoel de Barros, noventa por cento do escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira. Ah, e sobre os empréstimos: basta olhar no BNDES.
Você descreve a existência de um órgão ligado ao MEC, o Conselho Brasileiro de Educação, que lembra muito o Conselho Nacional de Educação. A sua descrição de uma reunião desse conselho é assustadora, por mostrar como a defesa de interesses privados se sobrepõe a qualquer interesse público. A sua crítica aqui é à gestão do então ministro Paulo Renato Sousa, quando ocorreu uma grande abertura de universidades privadas no país, ou é mais geral, a todo o sistema?
Não sou contrário à expansão, nem tenho críticas diretas à gestão do ministro do PSDB, mas sim a todo o sistema. Sobre o CBE ficcional, é inspirado em colegiados diversos. Entretanto, durante a gestão do Paulo Renato houve um caso real de lobby no CNE amplamente divulgado pela mídia. Mas nada mudou na gestão atual. Não é segredo para ninguém que as universidades particulares fazem lobby no CNE. Alguns membros têm ligação direta como os donos dessas instituições. Mas há uma Reforma Universitária em trâmite no Congresso. Por que os deputados e senadores não se manifestam? Ah, esqueci: há muitos donos de faculdades no Congresso. Triste fim. Acho que ninguém em Brasília vai se interessar pelo tema.

HORÁRIO DE VERÃO

Horário de verão começa no próximo dia 19 em três regiões do país

De acordo com portaria do governo federal em breve teremos horário de verão.
O horário de verão deste ano começará no próximo dia 19 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. À 0h, os relógios terão que ser adiantados em uma hora.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida ficará em vigor até a meia-noite do dia 15 de fevereiro de 2009.
A expectativa do governo é de que haja uma redução de 4% a 5% no horário de pico, o que equivale a uma economia de 2.000 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 6 milhões de habitantes.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fixou datas para o início e para o término do horário de verão. Com isso, a medida entra em vigor à 0h do terceiro domingo de outubro e vai até o terceiro domingo de fevereiro seguinte.
O governo, no entanto, fez uma ressalva: caso o terceiro domingo de fevereiro seja o de Carnaval, o encerramento do horário de verão fica para o próximo domingo. A mudança de horário será feita sempre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Horário de verão
O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
Na última edição, o país registrou uma economia de R$ 10 milhões com o horário de verão, menor do que nos anos anteriores, quando a redução dos gastos com energia elétrica foi em média de R$ 40 milhões. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Setor Elétrico) isso ocorreu porque houve poucas chuvas no fim do ano e, com isso, o país teve que acionar usinas termelétricas, mais caras do que as hidrelétricas geralmente usadas.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados atingidos e no período de duração.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

UMA NOVA ALTERNATIVA ?

Valdecir de Carvalho
Acostumamo-nos com a flexibilidade, e a influencia de mídias em nossas vidas; a cada dia novas dinâmicas são apresentadas e somos obrigados a fazer parte desse sistema, se não inserimos estamos fora dessa fluidez então seremos acometidos e entrelaçados pela ausência de garantias, sejam elas relativas à vida pessoal, ao emprego ou à organização social. Quanto mais risco, mais variação. Quanto mais garantias, mais estabilidade e participação nesse sistema e por fim mais capacidade de aprendizagem, tanto do emissor de conhecimento quanto do recebedor. Ao contrário; o poder perdeu a sua centralidade e não somos nós professores que ensinamos, são os alunos conectados que nos ensinam o sutil mundo da informação, é claro que nem todos, mas o mundo da aprendizagem está repleto de alunos informatizados e críticos que negam conscientemente a existência de uma única verdade ou de um só mundo. Para muitos a ausência de verdades absolutas significa também o fim dos totalitarismos, embora alguns apontem formas mais sofisticadas de controle em nossos dias... Seria então a informática uma forma de controlar os serelepes alunos problemas? Segundo Chomsky, com a extrema vigilância que reina nos dias atuais as formas de controles se tornaram sutis e eficazes. A sutileza de um computador poderia atuar lado a lado com o professor. Não temos mais um novo discurso universal, pois seria algo dispensável na pluralidade de centros em que vivemos, cairia na questão financeira onde nem todos teriam acesso a essas tecnologias enfim, nova dicotomia e nova briga, pois não necessitamos mais de verdades permanentes. Tomemos duas áreas fundamentais da vida humana que foram bastante flexibilizadas, tornando-se completamente fluídas. A educação e a profissão. Ambas deixaram de ser uma eleição única, para toda a vida. Perderam a característica de obrigação e escravidão e ganharam em ludicidade e não seriedade. O conceito de vocação, relativo à esfera educacional, foi substituído pelas experimentações, enquanto a auto-realização vinculada à escolha de uma profissão deu lugar à busca do reconhecimento e muitas vezes do êxito fácil e imediato, que leva a um desapego aos princípios básicos da educação. Há sem dúvida uma valorização excessiva do sucesso rápido em detrimento da experiência e do aprofundamento. Discernir, avaliar, separar, formar profissionais, escolher impõe-se, portanto como exigências básicas de nossa época, uma tarefa cotidiana e contínua. Surgirá daí novas utopias e implementações de novas técnicas do conhecimento, como a informática.

REFLEXÕES SOBRE MEU EXTREMO EU......




QUEM SOU EU AFINAL.....?


Uma pirâmide egípcia, figuras predominantes da planície de nazda, castelo de chinchen itzá, santuário de stanehenge ou os moais da ilha de páscoa?Obviamente, nenhum... Mais faço parte da história e do mistério.Diria que sou meio biotita e meio muscovita, as vezes oxidável, muitas vezes um quartzo hialino e poucas vezes uma turmalina.Parte antropomorfa e zoomorfa e quem sabe, fitomorfa. Por que não? Posso estar no reino metaphyta, ser uma planta (vegetal) um dos principais grupos em que se divide a vida, com cerca de 400.000 espécies e não fazer nada pelo planeta, ser apenas um ser inerte. Mais quem falou que os vegetais não fazem nada pelo planeta terra? Nossa, que confusão... se não fosse as plantas existiria vida na terra? Essa fica para você responder. Esse engano deve ter te deixado alguém confuso, bom... Veja bem, se as plantas não matam, elas são remitem ficções bobas, não destroem seu próprio lar ou fazem centenas de coisas ruins que predominam no 3º planeta, então... Quem é esse ser inerte?Pense... Pense... Talvez alguém saiba, talvez alguém ache isso idiota, talvez alguém não entenda, talvez alguém se conscientize, talvez alguém destrua as plantas, talvez, talvez, talvez...Quem e você?Quem sou eu? Um doido ou um Zé doido um João Doido ou até mesmo um Mané doido? Pense como quiser... so digo uma coisa, "Eu sou poeira das estrelas"sou de tudo um pouco um pequeno ponto no meio do nada.....um pequeno espaço no meio do nada....sei que nada sei ou sei que tudo não sei .... mas o importante é que sei....seja nada ou tudo...



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MUDE

Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!

AUTOR : PEDRO BIAL